domingo, 3 de fevereiro de 2013

Celulite não tem dose tem lordose


Repara pra ver;
celulite das boas a gente  reconhece é pela parte mais alta do braço.
Dá pra perceber
Nesses dias  fevereiros de blusas curtas o pedaço que fica entre o cotovelo e ombro.
Quanto menos rigidez, quanto mais brancura e menos bronze.
É fatal e  sempre.
O infalível sinal de que elas existem por baixo das dobras de estampa, do grosso do jeans, da meia, no vazio por dentro do vestido.
Celulites.
Lindas e contornáveis.
Visíveis, pegáveis, indiscretas.
As vencedoras da luta contra a ciência e a tecnologia dos cosméticos.
Nem todos os cremes do mundo, nem toda a vergonha feminina, nada pode com elas.
Mais do que a cor da calcinha preta, do laço cor de rosa na parte da frente, mais do que tudo o que faz a bunda ser de fato uma bunda é a celulite.
Mas quanto?
De que lado?
Mais pra cima, ou mais abaixo da coxa?
É tão difícil responder quanto tentar dizer a dose permitida ideal e perfeita de cerveja ou vinho ou gin
Ou ate campari com vodka ou qualquer coisa, qualquer remédio que dê alegria.
Celulite nao tem dose.
Celulite tem lordose.
Tem calcinha bege e gasta.
Tem sutiã usado e gasto.
Tem um pouquinho de estria também
E muita coragem pra sempre deixar a luz acesa. 

7 comentários:

  1. Você é um ótimo jornalista,acompanho você sempre,via seu programa na Rede Minas,agora na Rede Globo.

    ResponderExcluir
  2. valeu sandra. ja faz muito tem hein?
    abraço e beijo e tudo de bom pra voce.

    ResponderExcluir
  3. Ótimo! :) Andrea Pelagagi

    ResponderExcluir
  4. Bacana, Fernando, que bom estar escrevendo para além do mundo da TV. Beijo e muita inspiração!

    Tânia Bernucci

    ResponderExcluir
  5. Sempre soube desse talento do Fernando pra poesia! Desde Recife.

    ResponderExcluir
  6. Totalmente inserida no texto...no contexto...kkkkkkk Adorei amigo!

    ResponderExcluir